O Lhasa Apso
O Lhasa Apso veio do Tibet, onde muitos vivem em altitudes elevadas e o clima pode ser rigoroso. Ele tinha que ser um pequeno cão resistente para suportar essas condições, e isso teve uma grande influência sobre seu desenvolvimento. Seu pelo longo e áspero com seu denso subpelo agiam como isolantes durante o inverno, e a queda do pelo sobre os olhos os protegiam do vento, poeira e luminosidade. O Apso é uma das muitas raças do Oriente que vieram para o Ocidente. Os primeiros Apsos chegaram à Grã-Bretanha no início de 1920 e logo estavam sendo exibidos em Londres. Quando eles foram vistos pela primeira vez na Grã-Bretanha foram confundidos com outros cães peludos Orientais e todos foram rotulados de “Lhasa Terriers”. Mais tarde se estabeleceu uma distinção, especialmente entre os Apsos e os Terriers Tibetanos, que se pensa terem sido os antecessores dos Apsos. Um clube da raça Lhasa Apso foi criado na Grã-Bretanha em 1933.
- Temperamento
O temperamento dele é muito diferente do dos demais cães peludos de pequeno porte - fica sozinho em casa sem problema algum, e nem faz questão de passear. Ele tem uma personalidade bem diferente da maioria dos "pequenos peludos", que em geral são dependentes do dono, superativos, sociáveis até com estranhos e sempre prontos a brincar. Seu estilo é exatamente o oposto. O Lhasa Apso é o mais reservado entre eles. E também o menos ativo e o mais independente. São justamente essas características que o tornam o peludo de pequeno porte mais indicado para quem precisa deixar o cão sozinho. O Lhasa é recomendado às pessoas que moram sozinhas e trabalham fora, pois se adapta muito bem a ficar horas sem companhia. É independente e tranqüilo; na ausência do dono não faz bagunça, não destrói a casa e nem mastiga brinquedos, móveis e almofadas se já trocou os dentes de leite. Devido ao temperamento, a raça é a que menos exige supervisão do dono. Não é de correr muito e quando brinca logo interrompe para se aconchegar; passa a maior parte do tempo tranqüilo, observando, e mesmo para andar é calmo e cuidadoso. Até passeios diários, tão importantes para outras raças, o Lhasa dispensa. Ele é muito caseiro, não faz muita questão de sair. Por ser reservado, estranha o movimento da rua e se assusta. Não faz festa só de ver uma coleira. O desinteresse tem explicação: ficar no meio de gente estranha é extremamente desagradável para ele.
Por suas atitudes, o Lhasa é considerado pelos criadores como o típico cão de um dono só. Depois de comprado, o filhote demora até um mês para adotar definitivamente um dono no novo lar e demonstrar alegria ao vê-lo. Não basta a pessoa alimentar, cuidar e dar banho. Tem que ganhar a simpatia do cão. Uma vez eleito o dono, essa passa a ser a pessoa da vida dele.
Ficar no colo, para o Lhasa, é uma regalia concedida apenas ao dono - intimidades desse tipo com gente estranha, nem pensar. Mesmo que goste do aconchego dos braços da pessoa eleita, para ficar bastante tempo nesse grude todo, ele não deve se sentir incomodado.
O Lhasa filhote é bem brincalhão com os irmãos. Gosta de correr atrás de bolinhas e procurar coisas para se divertir sozinho. E também aceita bem brincadeiras com pessoas da casa, quando acostumado a elas. Mas amadurece com cerca de um ano para chegar à tranqüilidade típica da raça.
Dentro de seu território o Lhasa é só tranqüilidade: não causa problemas e pode-se até esquecer dele. Viajar não é, geralmente, o programa predileto. Mas podem ser acostumados desde pequenos. Junto aos donos, todas as atividades lhes dão prazer. Ao chegarem a um novo local, costumam estranhar. Aos poucos vão se acostumando com o ambiente e começam a cheirar e a explorar o local. No carro, não se agitam nem sujam ou estragam nada. Só ficam impacientes quando querem fazer xixi.
Apesar de reservado e independente, o Lhasa nunca deve rosnar para as pessoas. Um Lhasa que morde o próprio dono é mais inadmissível ainda.
- Principais problemas de saúde
Normalmente os Lhasas são cães bastante resistentes a doenças. No entanto, até em função de sua vasta pelagem é ela quem precisa de mais atenção.
Dermatites são a principal doença apresentada pelos cães. Os sintomas das dermatites são pequenos pontos avermelhados, caspinhas e coceiras na pele. Quando o caso é grave, pode desencadear infecções bacterianas no local. Alguns exemplares podem apresentar uma maior sensibilidade alérgica, normalmente à pulgas.
Conjuntivite - inflamação das mucosas dos olhos, normalmente provocadas pela irritação provocada pelos pêlos que caem sobre os olhos. Para evitar, recomenda-se prender a franja.
Doenças genéticas que podem aparecer no Lhasa são:
Atrofia Progressiva da Retina (PRA) - A Degeneração Progressiva da Retina ou Atrofia Progressiva da Retina é uma doença que afeta as células da retina causando a cegueira do cão. Em algumas raças, a origem da cegueira é dada por desenvolvimento anormal da retina, chamado de displasia da retina.
É um processo lento de degeneração do tecido retinal, de fundo genético, transmitido por genes recessivos. Por isso, em diversos países as entidades de raças exigem que os futuros reprodutores sejam avaliados e os que possuem os genes para a PRA sejam esterelizados, como forma de diminuir a incidência do problema.
Displasia Renal (Familial Kidney Displasia). É uma doença mais rara. Manifesta-se entre dois a três anos de idade. Causa perda de peso; prostração, ingestão exagerada de água e a urina fica transparente. O cão pode nunca apresentar sintomas. Se apresentá-los, há tratamento, mas permanece o risco de morte por insuficiência renal.
Resumo do Perfil do Lhasa Apso
Nacionalidade: |
Tibet |
Classificação PetSite: |
Companhia |
Grupo FCI: |
9 |
Grupo AKC: |
6 |
Porte: |
Pequeno |
Temperamento: |
Balanceado |
Treinabilidade: |
Teimoso |
Grau de Proteção: |
Moderado |
Espaço Necessário: |
Pequeno |
Altura Mínima: |
22.9 cm |
Altura Máxima: |
28 cm |
Peso Mínimo: |
6.4 Kg |
Peso Máximo: |
7.3 Kg |
Nível de Energia: |
Baixo |
Duração Exercícios Diários: |
20 min. |
Cor: |
preto, marron, dourado,branco e colorido |
Tipo de Pêlo: |
longo, espesso |
Troca de Pêlo: |
Mínima |
Necessidade de Tosa: |
Não |
Se você quer um cão que…
Seja pequeno, mas encorpado e resistente;
Tenha uma pelagem longa (que pode ser tosada curta, caso desejado) que existe em várias cores e padrões;
Tenha um dos temperamentos mais fortes entre todas as raças de porte pequeno;
Pode ser brincalhão, mas que ainda assim porte-se com dignidade e que seja calmo e ponderado por natureza;
Seja um cão de família cortês;
Não precise de muito exercício físico;
Seja muito leal à própria família e um ótimo cão de alarme.
Um Lhasa Apso pode ser bom para você.
Se você NÃO quer um cão que…
Seja desconfiado com estranhos;
Tenha um temperamento forte e teimoso, o que requer um tutor que saiba lidar com isso e tomar o comando da relação;
Precise de muita escovação e cuidados quando a pelagem não está tosada;
Precise de tosas regulares;
Demore um pouco a aprender a fazer xixi/cocô no “banheiro”;
Responda com retaliações a tratamentos muito firmes ou incomodações/importunações;
Um Lhasa Apso pode NÃO ser bom para você.
Fontes pesquisadas
Canil Christal Kramer: https://www.christalkramer.com.br/racas/lhasa-apso.php
Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC): https://www.cbkc.org/padroes/pdf/grupo9/lhasaapso.pdf
Agente Farejador de Cães Filhotes: https://www.agentefarejador.com.br/artigos-caes/lhasa-apso.html
Só Cachorros: https://ozzylhasa.blogspot.com.br/2008/09/lhasa-apso-problemas-comuns-raa.html
Mãe de Cachorro: https://www.maedecachorro.com.br/2013/01/guia-de-raas-me-de-cachorro-lhasa-apso.html